26 junho, 2010

A HUMILDADE DE DEUS

Ouvi contar esta história.
Uma criança com toda a naturalidade, voltou-se para Deus e perguntou-lhe:
"E tu, o que é que queres ser quando fores grande?" "Pequeno",
respondeu-lhe Deus, também com toda a naturalidade.


Os homens querem ser grandes, mas a grandeza de Deus está em tornar-se pequeno, em dar a vida, em desaparecer pelo bem do outro.

Vasco Pinto de Magalhães, s.j. in "Não há soluções, há caminhos"

17 junho, 2010

O Rei Sábio...


Era uma vez um rei muito sábio, que governava com amor, compaixão e justiça, e que por isso era adorado pelo povo. No dia do seu aniversário, os súbditos deram-lhe um presente: um magnífico anel, adornado por uma bela jóia preciosa. Só que o anel era, na verdade, um relicário, pois guardava em sua câmara secreta uma jóia ainda mais valiosa. Ao entregar o presente ao rei, o grão-vizir deu a seguinte instrução: “Vossa Majestade só poderá abrir o anel e usar a verdadeira jóia que ele contém em casos extraordinários, de profunda aflição ou de intensa alegria”. O soberano garantiu que iria cumprir fielmente essa determinação e colocou o anel no dedo – que aliás, lhe serviu perfeitamente.
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O reino vivia em paz há muitos séculos. Porém, certo dia, o rei vizinho, ambicionando novas terras, preparou-se para invadir os domínios do nosso justo soberano. Este, com coragem que o caracterizava, colocou-se à frente do seu exército. A sorte foi-lhe adversa: no campo de batalha, perdeu a lança e depois a espada, e assim desarmado, foi perseguido por vários soldados inimigos. No afã de fugir, o corcel do valoroso rei seguiu por uma estrada próxima, bem acidentada, que margeava um abismo profundo. Justamente no ponto mais perigoso do caminho, o cavalo tropeçou e, no impacto, arremessou o rei no abismo.
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O rei morreu? Não, o rei não morreu, dessa vez, a sorte foi-lhe favorável. É que a uns metros do alto precipício havia uma árvore de galhos fortes e longos, e o nosso soberano ficou enganchado num deles. Uma outra notícia foi que os soldados inimigos não viram o acidente e se guiaram apenas pelo ruído do galope da montaria real, disparando em seu encalço. Ou seja: os perseguidores se foram.
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O rei, seguro apenas pelo cangote, balançava como pêndulo no galho da árvore sobre o abismo, prestes a cair a qualquer instante. Situação deveras aflitiva, ele reconheceu. E, reconhecendo, lembrou-se do anel, compreendendo que, nas circunstâncias presentes, o seu uso era plenamente justificado. Com cuidado, afastou a pedra do anel, abrindo-o. No momento em que a jóia foi aberta, um minúsculo e misterioso dispositivo lançou um diminuto papiro em sua câmara secreta. Com mais cuidado ainda, o rei apanhou o minúsculo papiro, desenrolou-o e leu a seguinte mensagem: “Isto passará”.
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Três minutos ainda não haviam transcorrido quando apareceram soldados no alto da ribanceira. O rei olhou, conferiu o que estava vendo e se alegrou muitíssimo: eram os seus soldados! Estes, com habilidade, conseguiram resgatá-lo e o conduziram em glória a o seu reino. Festas, comemorações, aclamações, vitória sobre os invasores! Intensa alegria espalhou-se pelo reino. O próprio rei, sentindo-se campeão, deixou-se arrebatar por um verdadeiro frenesi de alegria e de orgulho pela vitória alcançada. Foi aí que novamente lembrou do anel, que só poderia ser aberto em caso de extrema aflição ou intensa alegria. Era, pois, o caso.
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Abriu-o e encontrou a seguinte mensagem: “Isto também passará”.
(Desconheço Autor)

10 junho, 2010

Confie...


 Conta certa lenda, que estavam duas crianças patinando num lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam despreocupadas. De repente, o gelo se quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou. A outra, vendo o seu amiguinho preso e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim quebrá-lo e libertar o amigo. Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino: - Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis! Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou: - Eu sei como ele conseguiu. Todos perguntaram: - Pode nos dizer como? - É simples - respondeu o velho. - Não havia ninguém ao seu redor, para lhe dizer que não seria capaz. Deus nos fez perfeitos e não escolhe os capacitados, CAPACITA OS ESCOLHIDOS. Fazer ou não fazer algo só depende de nossa vontade e perseverança. Confie... As coisas acontecem na hora certa. Exactamente quando devem acontecer! Momentos felizes, louve a Deus. Momentos difíceis, busque a Deus. Momentos silenciosos, adore a Deus. Momentos dolorosos, confie em Deus. Cada momento, agradeça a Deus.
(Desconheço autor)

05 junho, 2010

A corda e o Alpinista


Esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios. Ele resolveu, depois de muitos anos de preparação, escalar o Aconcágua. E ele queria a glória somente para si. Resolveu então escalar sozinho sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalada dessa dificuldade.

Ele começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde, porém ele não havia se preparado para acampar resolveu seguir a escalada, decidido a atingir o topo.

Escureceu, e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não era possível mais enxergar um palmo à frente do nariz, não se via absolutamente nada.

Tudo era escuridão, zero de visibilidade, não havia Lua e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens. Subindo por uma “parede”, a apenas 100 metros do topo, ele escorregou e caiu... Caía a uma velocidade vertiginosa, somente conseguia ver as manchas que passavam cada vez mais rápidas na escuridão. Sentia apenas uma terrível sensação de estar sendo sugado pela força da gravidade.

Ele continuava caindo e, nesses angustiantes momentos, passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que ele já havia vivido em sua vida. De repente ele sentiu um puxão forte que quase o partiu pela metade... shack!

Como todo alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura. Nesses momentos de silêncio, suspenso pelos ares na completa escuridão, não sobrou para ele nada além do que gritar:
Oh, meu Deus! Me ajude!
De repente uma voz grave e profunda respondeu:
– O que você quer de Mim, meu filho?
– Me salve, meu Deus, por favor!
– Você realmente acredita que Eu te possa salvar?
– Eu tenho a certeza, meu Deus.
– Então corte a corda que mantém você pendurado...
Houve um momento de silêncio e reflexão.

O homem se agarrou mais ainda à corda e reflectiu que se largasse a corda morreria...

Conta o pessoal de resgate que no outro dia encontraram um alpinista congelado, morto, agarrado com as duas mãos a uma corda...a não mais de dois metros do chão.

Assim é a nossa fé. Onde está a nossa confiança em Deus?
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Que loucos somos por termos medo de nos lançarmos nos braços d’Aquele que nos chama e diz: CONFIA EM MIM, VEM! DEIXA-TE CONDUZIR POR MIM!...