(Jo 3, 22-30)
Depois disto, Jesus foi com os seus discípulos para a
região da Judeia e ali convivia com eles e baptizava.
Alguns tentaram envenenar o espírito de João com a inveja,
esse vício que vai precisamente ao contrário do caminho que tomou João. O
invejoso, para se sentir feliz, torna necessário que o outro diminua, para que
eu me sinta menos pequeno (como a rainha de copas, do livro "A Alice no
país das maravilhas" de Lewis Caroll, todos os seus súbditos tinham de
andar de joelhos para que a rainha não parecesse anã. A inveja tem sede de reconhecimento, mas é uma
sede que nunca se extingue Há um filósofo - Spinoza - que diz que a existência
é força que só se pode conservar, expandindo-se por sua vez, a inveja tem a
tendência a contrair a expansão, porque na tentativa de salvar a própria
identidade, acaba por comprimi-la A rainha de copas não ficaria maior se encavalitasse
nos ombros de um gigante?!