05 janeiro, 2011

Que caminhos percorremos?



Um dia um bezerro precisou atravessar uma floresta virgem para voltar ao seu pasto. Sendo um animal irracional, abriu uma tortuosa rota, cheia de curvas, subindo e descendo colinas. No dia seguinte, outro animal que passava por ali, usou a mesma rota torta para atravessar a floresta. Depois foi a vez do carneiro, líder de um rebanho, que fez seus companheiros seguirem pela rota torta.



Mais tarde, os homens começaram a usar esse caminho: entravam e saiam, viravam à direita, à esquerda, reclamando - até com um pouco de razão - mas não faziam nada para mudar a trajectoria. Depois de tanto uso, o caminho acabou numa estradinha onde os pobres animais se cansavam sob cargas pesadas, sendo obrigados a percorrer em 3 horas a distância que poderia ser vencida no máximo, em uma hora.


Muitos anos se passaram e a estradinha tornou-se a rua principal de um vilarejo. Posteriormente, a avenida principal da cidade. Logo a avenida transformou-se no centro de uma grande metrópole e por ela passaram a transitar diariamente milhares de pessoas, seguindo a mesma rota torta feita pelo bezerro, centenas de anos antes.


Os homens têm a tendência de seguir, como cegos, por caminhos feitos por outros, muitas vezes inexperientes, e, esforçam-se a repetir o que os outros já fizeram. E a velha floresta, do alto de sua sabedoria, ria daquelas pessoas que percorriam a rota como se fosse um único caminho, sem se atrever a mudá-lo.


A propósito, qual é o teu caminho? O dos outros?...

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